No momento em que desponta como um dos pré-candidatos mais bem colocados nas pesquisas, a ex-senadora
Marina Silva (Rede) foi diagnosticada com herpes-zóster. As informações foram divulgadas no Facebook pelo
jornalista Altino Machado, amigo de longa data de Marina, e confirmadas ao Valor por fontes próximas à ex-senadora.
Marina teve o diagnóstico em Brasília e em São Paulo e, após a alta, passou duas semanas em um spa médico
para se restabelecer. “Foi uma fase complicada, mas já passou”, afirmou a ex-senadora ao Valor, sem dar mais
detalhes.
Também conhecido como “cobreiro”, o herpes-zóster se caracteriza pela erupção de vesículas (bolhas) pelo
corpo e não deve ser confundida com o herpes simples, que causa lesões na boca e em órgãos genitais. O herpeszóster
é capaz de provocar dores muito intensas, sobretudo, em pessoas com idade acima de 40 anos.
No relato no Facebook, o jornalista afirmou que Marina teve de ser internada com intensas dores no abdome e
que tomou morfina por duas vezes, o que coincide com os procedimentos médicos indicados para esse caso, de
uso de medicamentos potentes para controlar a dor, tecnicamente conhecida como nevralgia.
O herpes-zóster é causado pelo vírus varicela-zoster, o mesmo que causa a catapora. Depois que uma pessoa
tem catapora, o vírus fica incubado em um nervo, e pode reaparecer em algum momento da vida na forma de
herpes-zóster.
Na grande maioria dos casos, o herpes-zóster caminha para uma cura natural, embora possa deixar sequelas se
as vesículas eclodirem no rosto.
Na última pesquisa Datafolha, em junho, Marina ficou em terceiro lugar nas preferências dos entrevistados para
a eleição presidencial do próximo ano, empatada com o segundo colocado, o deputado federal Jair Bolsonaro
(PSC-RJ) dentro da margem de erro. Segundo o levantamento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera
as intenções de voto com 30%, Bolsonaro tem 16% e Marina, 15%. Mais abaixo, vem o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB-SP), com 8%, e Ciro Gomes (PDT), com 5%.
Em reportagem na edição impressa do Valor desta segunda-feira (24), Marina não fala abertamente em
candidatura e diz estar em “fase de discernimento”. “Tenho conversado com algumas pessoas muito próximas
do Rede, amigos e família. Não tomei esta decisão, ainda que tenha presente a grande responsabilidade em
relação ao momento que o país está vivendo”, afirma ela na entrevista.
Aliados da ex-senadora, porém, afirmam que ela tem dado sinais de que pretende disputar a Presidência da
República em 2018, pela terceira vez consecutiva.
A pesquisa mais recente do Datafolha revela que, no cenário sem o ex-presidente petista, líder em todas as
outras simulações, Marina cresce sete pontos e alcança 22% das preferências, percentual superior aos 9%
registrados pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT), tido como possível herdeiro dos votos do petista. Os demais
candidatos testados pelo instituto de pesquisa apenas oscilam dentro da margem de erro.
Fonte: Valor
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