Água tem mais
minerais que a comum, e processo é feito no litoral de SP. G1 ofereceu produto
a várias pessoas, que não notaram diferença.
Água do mar é tratada em Bertioga, SP, e fica pronta para ser
consumida
(Foto: Mariane Rossi/G1) |
Em meio
à grave crise hídrica que atinge o estado de São Paulo, muitas pessoas pensam
em alternativas para não ficar sem água. Uma empresa em Bertioga, no litoral de
São Paulo, criou um método próprio de dessalinização da água do mar que, além
de remover o sal, consegue manter 63 minerais importantes para o organismo
humano presentes no mar.
O G1 testou o produto com alguns moradores
da Baixada Santista, durante visita a sede da fábrica e
acompanhou todo o processo de dessalinização. A água já foi até engarrafada,
mas os empresários aguardam a liberação da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) para começar a vender o produto no Brasil. Segundo um estudo
de uma pesquisadora ligada à Universidade Paulista (Unip) e Universidade de São
Paulo (USP), a água não oferece riscos e pode ser consumida normalmente.
Um dos
responsáveis pela criação do processo de dessalinização, o empresário Annibale
Longhi conta que buscava também uma forma de recuperar os minerais perdidos no
dia a dia por meio da água. “Uma célula em equilíbrio deve conter cerca de 100
minerais. Ao longo da vida, você vai perdendo isso.” Por isso, Longhi começou a
fazer experiências para encontrar um produto que não tivesse sal em grande
quantidade e que fosse saudável.
Empresário e engenheiro criaram
o sistema- (Foto: Mariane Rossi/G1)
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Após um
longo período de análises, ele descobriu que o mar guarda os minerais
necessários para o corpo. “Na água do mar encontramos 63 minerais que ajudam o
sistema celular. A água vendida nos supermercados tem, no máximo, 12 minerais.
Porém, para o corpo ficar saudável, precisa de muito mais”, explica.
Produção da água
Com os resultados em mãos, o empresário, junto com o engenheiro Silvio Paixão, criou um laboratório piloto para desenvolver projetos e começar os testes.
Com os resultados em mãos, o empresário, junto com o engenheiro Silvio Paixão, criou um laboratório piloto para desenvolver projetos e começar os testes.
Há três
anos, eles montaram um sistema de dessalinização da água. Ela é retirada do
mar, a cerca de 30 metros de profundidade, e passa por um processo de
tratamento de quatro fases. Metade da água retirada do mar se transforma em
potável. A outra metade volta para o oceano, com concentração maior de sal.
Esta água é descartada em vários pontos para não comprometer o meio ambiente.
Água do mar passa por tratamento e fica potável
(Foto: Mariane Rossi/G1) |
Após o
tratamento, a água permanece com os 63 minerais naturais que o corpo necessita.
De acordo com Paixão, o pH 7,5 da água do mar é mantido. O pH é a medida que
indica a acidez, a neutralidade e a alcalinidade de uma solução. Sete é o valor
neutro. Um pH mais perto de 0 indica acidez e mais perto de 14, alcalinidade.
“Como
nós não adicionamos nada, só retiramos o cloreto de sódio, o pH permanece o
mesmo. O pH é uma coisa muito importante quando se trata de saúde humana. Essa
água nunca vai trazer problemas para o corpo. O rim e o fígado funcionam até
melhor”, afirma.
No
laboratório em Bertioga, é possível produzir uma grande quantidade das garrafas
de água. A fábrica tem condições de fazer até 33 mil garrafinhas por dia,
totalizando 16 mil litros do produto, o que daria cerca de 1 milhão de unidades
por mês. Enquanto uma garrafa de água mineral com 300 ml custa, em média, R$
1,50, em Santos, uma garrafinha de água dessalinizada pode chegar a custar duas
ou três vezes mais.
Pesquisa
A biomédica Lucia Abel Awad, com o apoio da USP e da Unip, realizou um estudo de cerca de três anos sobre a água fabricada em Bertioga. “Primeiro fizemos testes em camundongo e ratos, com protocolos que obedecem aos critérios da Anvisa. Avaliamos questões hematológicas, renais, hepáticas e sinais clínicos.
A biomédica Lucia Abel Awad, com o apoio da USP e da Unip, realizou um estudo de cerca de três anos sobre a água fabricada em Bertioga. “Primeiro fizemos testes em camundongo e ratos, com protocolos que obedecem aos critérios da Anvisa. Avaliamos questões hematológicas, renais, hepáticas e sinais clínicos.
Fizemos todos os
testes para saber se a água produzia algum efeito maléfico ou benéfico no
organismo desses animais. Os animais não apresentaram problemas. Concluímos que
a água não tem efeito tóxico e que pode ser tomada sem restrições”, diz ela.
Aparelho mede a qualidade da
água - (Foto: Mariane Rossi/G1)
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Por
enquanto, os empresários já têm a autorização da Anvisa para produzir e
exportar a água. Segundo eles, há compradores na Alemanha (Galeria Kaufhof) e
na França (La Grande Epicerie), onde o produto também passa por análise, de
acordo com a legislação europeia.
“Já
passamos pelos processos de análise química e microbiológica. Estamos na fase
da radioatividade. Passando por isso, nosso produto será aceito em toda a
Europa”, explica Paixão.
No
Brasil, a água 63 Water Vital Minerals está sob análise da Anvisa para a
comercialização. A pesquisa realizada pela universidade foi incluída na série
de documentos e exames laboratoriais solicitados pelo órgão. “Superamos a
demanda da Anvisa e estamos aguardando a análise. Entregamos todo esse material
no começo de 2014 e estamos esperando a aprovação”, afirmou o engenheiro.
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